terça-feira, 12 de março de 2013

Sessão Ordinária 12/03/2013

Câmara Municipal reage à tentativa de intimidação da Vale
Na Sessão Ordinária desta terça-feira, 12, a vereadora Vanda Américo (PSD) usou a tribuna da Câmara Municipal de Marabá para ler uma carta enviada a ela pelo diretor de Operações de Logística da Vale, Luiz Fernando Landeiro Júnior, na qual alertou a vereadora sobre a possibilidade de que a empresa adotará os meios legais para impedir qualquer prática ilícita de invasão da Estrada de Ferro Carajás.

Indignada, Vanda Américo rebateu a carta enviada pelo diretor da Vale, dizendo que aquela era uma tentativa de intimidação pessoal, mas que atingia todo o Legislativo marabaense. Ela disse que não iria se calar e rebateu de forma firme, avisando que a referida carta serviria de combustível para fortalecer sua luta pelos direitos da comunidade marabaense.
Em um trecho da carta, o diretor alega que a empresa tem buscado o diálogo constante com todos os representantes do município, não tendo qualquer problema em dialogar. “Inclusive, recentemente estivemos tratando sobre a Aços Laminados do Pará, evento do qual vossa senhoria participou”. Sobre essa referência, Vanda minimizou o resultado da referida reunião, dizendo que não houve avanço algum e que a Vale se negou até mesmo em repassar para o município a área onde construiu, em parte, a Estação Conhecimento de Marabá (ela nunca funcionou) para ser transformada em escola de tempo integral.
 A carta do diretor da Vale causou indignação imediata em todos os vereadores, que saíram em defesa da colega.
Por sua vez o vereador Pedro Correa Lima (PTB), ao se solidarizar com Vanda, lembrou que do ônus social da Vale com a implantação dos projetos Salobo e Alpa, tendo prometido milhares de empregos que nunca foram cumpridos. Essa carta é uma forma de nos intimidar. “Precisamos rever as condicionantes da Alpa, porque não havia ali um indicativo de que a siderúrgica só sairia se houvesse o derrocamento do canal do Lourenção”, alfinetou.
Júlia Rosa (PDT), presidente da Câmara, reconheceu a necessidade de uma reação imediata do Legislativo e observou que os interesses da Vale são econômicos, sem respeitar o desenvolvimento social. “Vamos marcar a audiência pública sugerida pela vereadora Vanda, porque não podemos aceitar uma afronta que é contra todo o município de Marabá”, advertiu.
Ao final da sessão, ficou definido que um documento será enviado à Vale repudiando a tentativa de intimidação da empresa, além de agendada uma audiência pública para repassar e debater junto à comunidade o tratamento da empresa com as demandas do município.

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